O número de idosos (pessoas acima de 60 anos) está aumentando rapidamente na população. No Brasil, havia cerca de 10 milhões em 1990; esse número chegou a 15 milhões em 2000 e está projetado para alcançar 34 milhões até 2025. Esse crescimento representa um aumento de 16 vezes na população idosa brasileira, em comparação a um aumento de 5 vezes na população mundial total, colocando o Brasil como o sexto país do mundo em número de idosos.
Entre as principais doenças mentais que afetam os idosos, a depressão é uma das mais prevalentes. Estima-se que aproximadamente 15% dos idosos apresentem sintomas depressivos e cerca de 2% sofram de depressão grave ao longo de suas vidas.
Os fatores de risco para transtornos depressivos incluem idade avançada, condições de saúde crônicas, ansiedade, falta de suporte social e eventos estressantes como perdas significativas. A solidão também aumenta o risco de sintomas depressivos.
A depressão no idoso muitas vezes não é diagnosticada prontamente, devido a concepções errôneas de que seja parte normal do envelhecimento e preconceitos em relação à velhice e às doenças mentais. Estima-se que metade dos idosos deprimidos não receba o diagnóstico e tratamento adequados devido a esses preconceitos.
Além dos medicamentos antidepressivos, a prática regular de atividades físicas é altamente eficaz no tratamento da depressão. Estimulação cognitiva através de jogos de memória, passeios, leitura e conversas também pode contribuir significativamente para aumentar a autoestima e melhorar a qualidade de vida dos idosos.